"Como profissional da ecologia, Justin gosta de reconstruir a resiliência social e ecológica através de conversas tranquilas com a natureza. Com uma vasta experiência em restauração ecológica na África do Sul, Justin trabalhou com comunidades rurais desenvolvendo "programas de gestão de recursos naturais baseados na comunidade (CBNRM)". No projecto Idanha-à-Vida, trabalha com a sua esposa, Sofia (uma antropóloga cultural), para ligar os mecanismos sociais tradicionais desta área para a construção de resiliência ecológica e limitação das vulnerabilidades de subsistência ao longo do tempo. Justin também gere e consulta vários projectos ecológicos em Portugal, tais como o projecto Idanha-à-Vida. Estes projectos centram-se tanto na recuperação pós-incêndio como na recuperação de ecossistemas danificados, degradados e destruídos através de intervenções de restauração ecológica, tais como a recuperação dos ciclos da água, dos solos e da vegetação endémica. Juntamente com os seus colegas de uma ONG ambiental portuguesa, trabalha também com proprietários e utilizadores de terras para melhorar as decisões de gestão de terras para sistemas baseados em alimentos, introduzindo práticas agroecológicas e agroflorestais regenerativas. Justin também faz investigação sobre degradação da terra e funcionalidade ecológica, e está actualmente a completar um doutoramento baseado no seu trabalho em Portugal na Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa".

Michael Marder é Professor Investigador IKERBASQUE no Departamento de Filosofia da Universidade do País Basco (UPV-EHU), Espanha. A sua escrita abrange os campos da teoria ecológica, fenomenologia e pensamento político. É autor de inúmeros artigos científicos e monografias, incluindo Plant-Thinking (2013); Fenômenos—Crítica—Logos (2014); A Planta do Filósofo (2014); Poeira (2016), Sonhos Energéticos (2017), Heidegger (2018), Categorias Políticas (2019), Piropolítica (2015, 2020); Filosofia do Despejo (2020); A Energia de Hegel (2021); Green Mass (2021), Philosophy for Passengers (2022) e The Phoenix Complex (2023), entre outros.

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Matilde Seabra é arquiteta e tem vindo a programar para diferentes públicos e realidades institucionais e geográficas, na mediação em arte e arquitetura. Em coautoria com artistas e pensadores, tem desenhado projetos culturais que se constroem coletivamente a partir das especificidades de cada lugar. Matilde acredita que a erudição está na intersecção da academia e do conhecimento popular. A empresa Talkie-Walkie, fundada em 2012 com Ana Vieira, tem contribuído para o reconhecimento de um turismo especializado em arquitetura e património. Atualmente, Matilde é coordenadora do PING! Programa de Incursão à Galeria e dos Programas Públicos da Galeria Municipal do Porto – Departamento de Arte Contemporânea da Câmara Municipal do Porto, que convida diferentes públicos a pensar ecologicamente com base na natureza, contribuindo para a visibilidade de narrativas mais inclusivas da história da humanidade e na divulgação de jovens artistas e criadores na cidade e outros territórios.

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